segunda-feira, 27 de agosto de 2012


    4º Estilo animal - “Garça


                  4ª Fase 
         Pensamento rápido 
            Faixa vermelha


Esse estilo é a ultima fase, o pensamento rápido, consiste em desenvolver reflexos em combate, precisão e agilidade em seus movimentos. Para isso exige muita concentração e ter desenvolvido completamente os estilos anteriores.

 Pensamento rápido de garça nos ihans
Consiste em movimentos rápidos e precisos, o aluno terá que usar toda agilidade de serpente para desenvolver os movimentos de garça, sendo que em garça move-se menos e seus ataques têm que ser rápidos e precisos. O aluno aprenderá a ter equilíbrio e concentração para desenvolver seus movimentos, aqui começam os exercícios de concentração.   

Pensamento rápido de garça no combate                                O combate consiste em precisão dos movimentos, como vimos nos ihans o estilo garça não se move muito como em serpente. Movem de uma maneira rápida para abrir o oponente, seus golpes são mais precisos e fortes, os chutes são precisos e rápidos - “sem sombra”. Em garça, o aluno desenvolve o pensamento rápido no combate, aprende que da postura que ele se encontra sempre terá que ter defesa, ataque e contra ataque! 

domingo, 26 de agosto de 2012


   3º Estilo animal - Serpente


    3ª Fase - agilidade - faixa marrom com cinco graduações
Esse estilo consiste em o aluno desenvolver a agilidade de maneira que ele não fez até aqui, em desenvolver o estilo da serpente fazendo o laboratório do animal para pegar seu instinto e aplicando a contração de Dragão em seus ataques e defesas, é um estilo que exige o controle de seus movimentos com muita agilidade. 

A agilidade de serpente nos Ihans
 Por ter passado por um estilo pesado (dragão), o aluno terá um pouco mais de dificuldade para desenvolver a agilidade, seus movimentos, assim como em tigre, tentam reproduzir o animal, é preciso reproduzir toda a agilidade e o shaolim (conjunto de movimentos do corpo), é um estilo muito poderoso onde seus movimentos são rápidos e precisos.

 A agilidade de serpente no combate
 O combate de serpente consiste e mover seus braços como uma serpente fazendo movimentos para iludir e distrair seu oponente para atingi-lo com os braços e as pernas. Em serpente o aluno aprende o chute sem sombra (é o chute desferido sem movimentar o resto do corpo), e também a controlar sua contração; diminuindo a contração para mover com agilidade e aumentando para defender e atacar. Nesse estilo o aluno aprende novos conceitos de combate.   

sábado, 25 de agosto de 2012


            2º estilo animal
                 Dragão



 2ª fase -contração- faixa marrom com 4 graduações.


Esse estilo exige muito controle do condicionamento físico do aluno, o controle da  segunda fase, testa a vontade e a determinação, pois é um estilo pesado em que o praticante precisa ter preparo físico para enfrentar suas formas (ihans),  e aprender a combater no estilo onde terá que ter controle da contração do corpo.



        O dragão nos treinamentos dos Ihans

A contração do corpo consiste no controle de força força física através da respiração e o controle da contração muscular nos movimentos, onde você controla a intensidade da contração de zero a cem, você aprende através do controle da respiração  contraindo no momento certo usando toda contração do corpo no movimentos de defesas e ataques e economizando a força quando não entrar em contato com oponente. Isso possibilita a economia de energia se mantendo firme durante todo um combate usando o controle da energia do corpo através da respiração junto com o controle da contração muscular do corpo.  

É o primeiro estilo que testa a força de vontade do aluno. Os ihans são fortes e cansativos, justamente para o aluno aprender o controle da contração e só  consegue fazer os 10 ihans com muito treinamento e compreensão do controle da contração nos movimentos. 

Em dragão o aluno terá que usar tudo que aprendeu sobre instinto em tigre, pois o instinto sera muito importante para que o aluno até aprender o controle da contração consiga enfrentar os treinamentos de dragão e depois somar o instinto com a contração para executar o estilo com perfeição. 

                     A forma animal do Dragão

O Dragão no Tuchy-Foashy é diferente de algumas formas de dragão de outros estilos de Wushu, no Tuchy-Foashy é um estilo pesado, forte com golpes onde move se menos e os ataques são fortes, sua forma animal é mais parecida com o dragão ocidental.

O estilo dragão no Tuchy-Foashy é mais que uma forma assim como os outros estilos animais e ele é um treinamento para o aprendizado do controle da contração, por ser um ser mitológico não tem como fazer um laboratório baseado no animal então o treinamento de laboratório do animal é baseado em fenômenos naturais com força de destruição incalculáveis.  

O motivo de escolher um animal mitológico,  imaginário é porque cada pessoa possui uma estrutura corporal, possui peso e força diferentes, mas com o controle da contração seu ataque e defesa pode ficar mais forte, mais resistente no combate aprendendo a usar toda contração do seu corpo em seus golpes apenas quando necessários.      

Por ser um estilo pesado, forte onde tem que desferir golpes com muita força e usando a contração do corpo, aprenderá a ser preciso em seus ataques e a manter a contração do corpo mesmo estando exausto. 

A perda de contração, força, respiração e postura nesse estilo significa a derrota em combate!



     Usando a forma do dragão no combate:

 A forma de combate de dragão do Tuchy-Foashy consiste em manter a contração e a postura forte e agressiva do inicio ao fim do combate. Seus movimentos são retos, cruzados ou de cima para baixo ou debaixo para cima, sempre movendo em linha reta, não move nem bloqueia como os demais estilos anteriores. O fundamento básico de dragão é: 

Atacar defendendo e defender atacandoo dragão quebra a defesa e o ataque do oponente, isso por que é um estilo pesado e forte, sua movimentação tem que ser precisa e você tem que aprender a jogar 100% de sua força só na  hora do contato com o oponente. 

Entre duas pessoas movendo estilo dragão, perde aquele que perder o controle da contração e a respiração nos movimentos, pois sua movimentação diminuirá junto com a força suas defesas e seus ataques não terão mais eficácia no combate e sera atropelado pelo oponente.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

                    Estilos animais


A partir daqui o aluno de tuchy-foashy começa a se preparar para tornar-se um mestre. Os quatro primeiros estilos animais (tigre, dragão, serpente e garça) trabalham as 4 fases básicas de um mestre de Tuchy-Foashy que são:

-instinto
-contração
-agilidade
-pensamento rápido

O que são as 4 fases e porque é um aprendizado fundamental no Tuchy-Foashy. 

As 4 energias fundamentais para o desenvolvimento correto de um praticante de Tuchy-Foashy é o domínio do inconsciente de seu corpo e sua mente através do entendimento e controle do princípio desses 4 técnicas do corpo e da mente.

Nesses 4 primeiros estilos animais o praticante aprende através da pratica das forma e dos treinamentos basicos de cada uma delas, como utilizar, como fazer começando pelo primeiro e o fundamental para um lutador, o instinto: Em Cegonha o aluno aprende a usar as 4 fases juntas; em Pak-so, a utilizar meditações, treinamentos mentais que ajudam a desenvolver e controlar as técnicas e as quatro fases; em Punho curto, o último estilo antes de mestre, o aluno precisa usar tudo que aprendeu até agora. Pantera é o estilo de mestre, o aluno aprende a controlar as quatro fases e se torna um mestre de tuchy-foashy!

Se o aluno entender que para chegar a mestre ele tem que compreender e respeitar todas as faixas, todos os treinamentos, tanto físicos quanto mentais, desenvolver todas as formas de combates, aprender a utilizar cada estilo que aprendeu com maestria, ele saberá que se tornou um mestre de Tuchy-foashy de
VERDADE. 





     1º Estilo animal - Tigre


   1ª fase -instinto-marrom             com 3 graduações   


Porque o instinto tem que ser a primeira fase para um praticante de Tuchy-Foashy


O instinto em um lutador pode definir o resultado de uma luta, pois o instinto vai manter o lutador no combate até o final, mesmo estando em desvantagens recebendo golpes ele não vai se encolher vai continuar com a guarda alta atacando até o fim.

O ser humano com o tempo perdeu o instinto de sobrevivência através da luta, com o tempo ele trocou o instinto de se defender atacando por diálogos, barganhas, politica e outras coisas que foi diminuindo seu instinto em confrontos de vida ou morte gradativamente. 


Percebendo isso não só no Tuchy-foashy mas muitos mestre de wushu se inspiram em animais para recuperar e desenvolver o instinto de luta em seus guerreiros através da observação do instinto de sobrevivência dos animais. 


Segundo a lenda do Tuchy-Foashy seu criador Tuang Shu Shuang Leung a teve sua primeira inspiração animal  foi exatamente de um tigre onde ele observou a força, a agilidade e principalmente o instinto de sobrevivência sendo atacado por mais ou menos 20 homens e mesmo sendo ferido atacando ferozmente até sair vitorioso da batalha.  


O tigre como todo os felino possui esse instinto de luta mais agressivo quando se sente  acuado, em desvantagem, ele continua pronto para atacar com uma postura agressiva e defensiva ao mesmo tempo.  


Muita das vezes um lutador é derrotado pela falta de instinto de combate e a postura defensiva passiva de se encolher quando começa a tomar golpes ou se sentir acuado, o instinto natural dos seres humanos quando são ameaçados dessa forma é de se encolher para se proteger, correr ou de se entregar para o agressor, trabalhando o instinto animal ele mesmo acuado vai continuar atacando olhando nos olhos do oponente com a guarda alta e uma postura agressiva.

       

Para esse entendimento do aluno para ele da inicio aos treinamentos das formas animais ele ter que fazer um laboratório que consiste em estudar o animal e sua postura, forma de agir, olhar, atacar para começar a entender em seu inconsciente a forma animal,  essa parte do aprendizado consiste em pesquisar em videos, livros, revistas, se possível ver o animal de perto em zoológicos e reservas. 
Assim ele começara a formar na sua cabeça a forma animal e desenvolverá as formas de combate, fará vários treinamentos até que seus dedos fiquem fortes o suficiente para desferir uma patada de tigre em uma telha e quebrá-la que é outra parte do treinamento muito importante para o desenvolvimento do instinto. 

O aluno acima de 18 anos só poderá sair de tigre depois de passar por essa barreira. São chamadas barreiras do Tuchy-Foashy, testes que o aluno tem que concluir antes de sair do estilo. No tuchy-foashy existem quatro barreiras, duas até mestre: em tigre e em cegonha, as outras duas são depois de mestre. 

Antigamente essa barreira de tigre era obrigatória para todos, mas com o tempo se tornou opcional principalmente para praticantes menores de idade sem autorização de seus responsáveis, mas todo o treinamento de fortalecimento dos dedos são obrigatórios para todos que queiram sair desse estilo. 



                                          
                                                       A 1ª barreira do Tuchy- Foashy.








                O tigre na forma (nos Ihans)

Nos ihans o aluno aprende a fazer movimentos que imitam o tigre, a olhar, mover e se posicionar como um tigre. Os Ihans junto com os treinamentos específicos do estilo ajuda o aluno a desenvolver corretamente o instinto

É claro que sem a dedicação, a compreensão de todos os movimentos e respeito pelo treinamento exigido pelo estilo, o aluno poderá demorar muito para encontrar o instinto em tigre na sua forma. 




                Combatendo na forma do Tigre


O combate na forma do tigre do Tuchy-Foashy consiste em movimentos circulares ,semi circulares de cortes diagonais em forma de garra com contraídos dos dedos até o antebraço usando o com o peso dos ombros, atingindo o oponente com as palmas e as pontas dos dedos, rasgando, perfurando e agarrando, também usando as as pernas no conjunto de movimento do corpo como extensões dos ataques das braços

É um estilo muito forte e ágil, o instinto de tigre no combate permite que o lutador não se encolha recebendo ataques quando encurralado, nem fuja muito menos de as costas recebendo golpes, sempre contra atacando oponente de guarda alta e uma postura agressiva baseado nos estudos do animal. 








quinta-feira, 21 de junho de 2012


Estilos técnicos

A partir daqui começa o aprendizado das formas de combate do Tuchy-Foashy. Esses estilos preparam o praticante para os estilos animais, são três formas de combate que exigem bastante dedicação e entendimento para o desenvolvimento das técnicas, pois a compreensão de uma forma é exigida na próxima.
Os 3 estilos técnicos possuem:


                        Contrações

Contração é um termo comum no tuchy-foashy, ela serve para definir a contração muscular do corpo que gera energia em um golpe, treinamentos de isometria e força através da respiração e treinamentos de hipertrofia junto aos movimentos de defesa ou ataque. O controle da contração e respiração é um dos principais treinamentos do Tuchy-Foashy ela começa a ser trabalhada, aprendida na faixa branca. A contração do corpo vai em uma escala de 0 a 100.



                            Ihan

Segundo nosso grão mestre Marcos Antonio, o termo ihan era usado pelo seu mestre para ensinar as formas de combate do Tuchy-Foashy. Cada estilo geralmente possui 10 Ihans, cada estilo são variados a quantidade de movimentos por Ihans. 

含 Ihan: significado "o que contêm", literalmente o que contem a forma dos movimentos, assim como outras expressões são usadas para definir a forma de fazer, a maneira de fazer que são utilizadas por outros estilos de Wushu, como:


设计 ou 架子Kati ou "jiàzi"

significa algo como a posição em uma configuração "esquema" ou, então, uma estrutura. No contexto do Kung-Fu, significa esquema ou "forma" indica um encadeamento de movimentos.

套路 tao lu: significado " rotina significa, literalmente, um caminho, rotina ou série de técnicas ou truques".


型 ou 形 xíng: significando "modelo" ou "forma", em japonês é escrito da mesma forma, mas é lido e pronunciado como kata.


權 kuen: significado forma correta ou kuen tao = caminho correto 


湯匙啊雕塑
=tchia dsu: significado, "colher da escultura, desenho ou da forma". 


Os chineses possui e já possuíram vários dialetos embora os mais falados são o cantonês e mandarim, mas embora mude a expressão, o significado é o mesmo variando de estilo pra estilo de acordo com o idioma nativo de cada região, cada mestre aprendeu a expressão que lhe foi ensinado durante seu aprendizado das formas do seu estilo de Wushu, kung fu

A origem desses termos vem de quando os mestres antigos desenvolviam, ensinavam suas formas...e cada um empregava o termo correspondente a linguá nativa de onde viviam, no final todas as expressões tem o mesmo significado para o que eles queriam definir como ensinar através das formas do seus estilos.



      Treinamentos específicos do estilo


Cada estilo tem treinamentos específicos para melhorar e agilizar o aprendizado o desenvolvimento dos estilos.



        1º Estilo técnico
          -Faixa marrom


Esse estilo é chamado de estilo base, pois ele vai dar início às formas de combate apresentadas até grão-mestre

Os movimentos desse estilo consistem em movimentos circulares, sua movimentação é sempre contrária à do oponente, o principal objetivo é conduzir, desviar, e usar o movimento do oponente para golpeá-lo usando os movimentos de suas bases e movendo o estilo de forma que ele se perca no seu proprio ataque usando movimentos de desolamentos de base juntos com seus golpes usando uma regra simples de base por exemplo, (se ele for para a direita, você vai para esquerda, se ele avançar, você recua). 

Você não ataca, você usa a força do ataque do oponente para tirar a sua base e contra golpeá-lo, aprende a concentrar sua força no momento da defesa e do ataque controlando sua  contração de 0 a 100. 


O aluno começa a aprender de uma forma mais intensa e natural a controlar a respiração junto aos movimentos e a contração do corpo. Nós o chamamos de tai-chi-shuan de combate.





       2º Estilo técnico

- Faixa marrom 1 graduação


Nesse estilo o aluno começa a desenvolver sua agilidade e o controle de sua contração de uma forma que seja ágil sem zerar a contração dos movimentos. 

Os treinamentos da faixa anterior ensinaram ao aluno a contrair o corpo de 0 a 100, agora terá que aprender manter a contração sem perde a agilidade mantendo sempre em mais ou menos 50%. 

É o que chamamos de shaolim completo "como já foi explicado no Tuchy-Foashy o termo shaolim é usado para explicar ao aluno que ele tem que ser forte e flexível usando como conjunto os movimentos do corpo”,  a maioria de seus ataques são aplicados com a ponta dos dedos indicadores, aplicados em pontos sensíveis de seu oponente como olhos, garganta e outras partes do corpo. Também é trabalhado agilidade e o controle dos chutes, é um estilo de agilidade onde o aluno aprende a ser rápido nos ataques, esquivar e atacar simultaneamente.





       3º Estilo técnico
-Faixa marrom 2 graduações

Esse é o ultimo estilo técnico, chama-se Buda, esse nome é por causa de seu primeiro punho, (Buda em chinês significa casco ou cuia e também por causa do animal tatu)

Esse estilo técnico possui dois punhos, duas formas de combate. 

A primeira forma consiste em movimentos pesados e fortes, bloqueia e ataca com muita variação de movimentos, seus golpes com os punhos são desferidos com as costas das mãos em forma de casco.

 A segunda forma consiste em movimentos rápidos capazes de interceptar os golpes ou atacar primeiro, seu punho é fechado com o dedo médio sobressalente, ele que atinge o alvo. Como já deu para perceber, esse estilo é a junção dos dois estilos anteriores


Todos os treinamentos dos dois estilos anteriores serão aplicados no terceiro. Concluindo esse estilo, o aluno estará preparado para os estilos animais. 

domingo, 27 de maio de 2012


            Faixas raízes

As quatro primeiras faixas são os primeiros passos do praticante de Tuchy- Foashy; essas faixas são bases, a raiz de todo o estilo. 

Segundo nosso grão-mestre, quando aprendeu o Tuchy-Foashy essas divisões das faixas raízes, não existia ele levou 8 meses para concluir os ensinamentos básicos do estilo. 

Então quando ele começou a ensinar ele dividiu primeiro em duas faixas: branca e azul; resumiu alguns treinamentos, de 8 meses os praticantes passaram a terminar em quatro meses, diminuiu o tempo, mas ele percebeu que os alunos chegavam sem preparo no primeiro estilo técnico, então ele pediu que o Mestre Bruno Andreyfilho do Grão-mestre (que depois de nosso grão-mestre ele é o mais graduado no tuchy-foashy),  analisasse junto com outros instrutores as dificuldades dos alunos e introduzisse mais duas faixas intermediárias para facilitar a introdução as formas, os estilos que formam o Tuchy-Foashy,  que começam a partir da faixa marrom! 

E assim foram criadas as faixas intermediarias branca ponta azul e a azul ponta marrom.

Não se esquecendo que essas faixas raizes não fazem parte dos 10 estilos que formam um mestre de Tuchy-Foashy, essas alterações não modificaram o estilo em nada, só facilitou o aprendizado do praticante.




          1ª Faixa - Branca


É a introdução ao caminho do Tuchy-Foashy, pois nela o praticante começa a aprender princípios básicos de todo estilo. Nessa faixa o aluno aprende a socar,chutar, ter postura, usar contração nos golpes usando a respiração na potencia dos golpes, atacar e se defender em base, e utilizar nos combates o que aprendeu na faixa.



Treinamentos obrigatórios para o desenvolvimento do estilo:



Shengu: 

É um treinamento que começa na faixa branca e será usado até  grão-mestre.
O shengu é um combate imaginário onde o praticante desenvolve o seu global ( global e toda a arte que o aluno possui do estilo), e o condicionamento físico, o tempo minimo de 1 minuto na faixa branca até chegar a 4 horas, é claro que o tempo aumenta de acordo com desenvolvimento físico e técnico do praticante. 



Treinamentos de giradas:


Esse treinamento é para o aluno começar a treinar para entregar as 100 giradas em 1 minuto (2º barreira do tuchy-foashy) começa com 10 giradas na branca ponta azul e vai aumentando 10 giradas até chegar em cegonha. Somente as faixas branca e azul não são obrigatória a entrega das giradas. 




O que contem a faixa branca do Tuchy-Foashy:



Ataques: 
São combinações de ataques onde o praticante começa a aprender desferir golpes em sequencias com contração junto com a base.  São 20 sequencias de ataques com varições de movimentos.



Katis ou formas : 
São formas, movimentos simples de alguns estilos que serão vistos mais adiante. O principal objetivo dessas formas é ensinar o praticante o principio do controle da contração através da respiração. são 10 formas básicas do Tuchy-Foashy
  


Golpes: 
São técnicas de auto defesa onde objetivo é contra atacar, imobilizar, neutralizar ataques do oponente. São 10 golpes  






 2ª Faixa - Branca ponta azul


É uma faixa auxiliar,  foi criada para continuar o aprendizado da branca e desenvolver os movimentos, combinando movimentos das técnicas de combates, aprimoramento de chutes e a introdução de defesa de armas.

Essa faixa possui:


Técnicas de combate: 
Combinação de movimentos de ataques com uma variação maior de  braços e pernas. Nessa faixa o aluno aprende  a combinar movimentos aprendidos na faixa branca,  e também tendo mais noção de defesa, ataque,combinação de golpes e mais agilidade na movimentação de base e contra ataques.
São 5 técnicas de combate.


Seqüência de perna:  
São combinações de chutes variados, essas sequencias são para que o praticante desenvolva agilidade e variações de chutes em combate. São 2 sequencias de 7 chutes.




Golpes: 
Os golpes nessa faixa visam mais o contra golpe mas também possui imobilizações. São 10 golpes.



Defesa de faca:  
São alguns contra golpes de auto defesa em possíveis situações de ataques com facas.












                 

         3ª Faixa - Azul

 É a faixa raiz mais longa, ela faz uma introdução aos 10 estilos até mestre, o aluno também  começa a tomar conhecimento dos pontos mortais; A real intenção dos ensinamentos desses pontos no corpo são para que o aluno comece a tomar consciência de seus atos, são ensinados ao praticante para que ele comece a ter autocontrole e ter consciência das consequências ao dsferir ou ser atingido nesses pontos. 


Essa faixa possui:



Técnicas de combate
Possui 10 técnicas de combates  



Katis: 
Possui 10 formas



Símbolos:  
São Movimentos formas que demostram ataques dos 10 estilos até mestre no Tuchy-Foashy



Golpes: 
Os golpes ensinados nessa faixa focam no  contra ataques. são 10 golpes



Pontos mortais:
São ensinados 7 pontos no corpo 











4ªFaixa-Azul ponta marrom

É outra faixa auxiliar assim como a branca ponta azul, foi criada para introduzir o aluno aos três estilos técnicos, todas as técnicas são voltadas a esses três estilos. É exigido que o aluno tenha desenvolvido seu treinamento de combate e a emenda de movimentos, aperfeiçoamento de bases e chutes. Resumindo, tem que ter aperfeiçoado tudo que aprendeu desde a faixa branca.



Essa faixa possui:



Técnicas de combate: 
São 5 técnicas  de combate Baseadas nos movimentos dos três estilos técnicos.



Símbolos: 
São 3 formas baseadas em cada um dos estilos técnicos .



Seqüências de pernas:
Nessa faixa as sequencias são mais complexas que as das branca ponta azul.  São 2 sequencias de pernas 


Golpes: 
Os golpes dessas faixa visam mais torções e imobilizações. São 10 golpes
   


Defesas de armas: 
Nessa faixa são ensinadas algumas técnicas de desarme de arma de fogo em curta distancia.


Todos os praticantes são obrigados a passar pelos os ensinamentos básicos do Tuchy-Foashy, pois aprendem os conceitos básicos de arte marcial, o alicerce do estilo. 


Nas faixas raízes são ensinados aos praticantes a auto defesa, as técnicas de combates baseadas nas técnicas do Tuchy-Foashy, concentração,postura, Movimentação em bases, controle da respiração nos movimentos, controle da contração, potencia e agilidade nos golpes em longa, media e curta distancia em combate. Sem esses ensinamentos dificilmente o praticante ira desenvolver corretamente os estilos técnicos a seguir .        

sexta-feira, 27 de abril de 2012



graduações do Tuchy-Foashy seguem uma linha de treinamento, a ordem não pode ser pulada nem alterada, pois isso prejudicaria a formação de um Mestre.


Quando o nosso grão-mestre Marcos Antonio começou a ensinar o tuchy-foashy ele teve que desenvolver uma técnica de treinamento, pois quando treinava com seu mestre, treinava mais de oito horas por dia. Os treinamentos era maiores pois tinha tempo para concluí-los, não existiam faixas das graduações, era de acordo com desenvolvimento do praticante. Por ter bastante tempo, as cobranças eram maiores, não existiam pré-exames, revisões de estilos nem datas de exames. Então ele teve que adaptar os treinamentos de templo para academia, introduzindo faixas e dividindo treinamento por partes que desse para fazer em duas horas de treinamentos por dia. Esses métodos de treinamento tiveram início na década de 80, claro que houve algumas modificações, mas nada que alterasse o tuchy–foashy da sua forma original.

    Uma imagem vale mais que mil palavras!!!       
                                
                        






 Há quase trinta anos muitos alunos praticaram e praticam o TuchyFoashy no Brasil...


Não temos fotos de todos que treinavam ou treinam mas temos boas lembranças de cada dia de treinamento e de cada um que faz ou um dia já fez parte do Tuchy-Foashy... Todos aprendemos grandes lições, que levaremos para o
resto de nossas vidas! 

Alguns negarão do fundo da alma, mas lá no fundo aprendeu de uma forma ou de outra, o que é honra, disciplina, respeito as pessoas e a si mesmo e a natureza.

Aprendeu uma arte  marcial verdadeira!

quarta-feira, 25 de abril de 2012


                    A  lenda  do Tuchy Foashy


   A lenda do Tuchy- Foashy, como a maioria das histórias antigas das origens das artes marciais no mundo, se confunde  entre  fantasia e realidade. Não sabemos realmente como aconteceu sua origem, mas passamos para nossos praticantes a historia que é passada por gerações pelos descendentes e discípulos de Tuang-Shu.


Faremos um breve resumo da história, para o melhor entendimento das pessoas que foram induzidas por pessoas, que usam da desonestidade intelectual, ou ate mesmo demonstram uma ignorância visível sobre artes marciais, tanto da forma teórica quanto da pratica, claramente essas pessoas tem uma uma preocupação pessoal, e uma visível intenção de prejudicar, eliminar a concorrência de forma covarde, desonesta e desonrosa, que não condiz com a filosofia das artes marciais, tentam desesperadamente passar uma imagem errada do Tuchy-Foashy e de seus praticantes.

 Tentam de maneiras sujas e até infantis, desmoralizar, zombar, ridicularizar fazer ataques pessoas, desferindo mentiras e fazendo provocações, e mesmo assim são incapaz de questionar e comprovar a ineficiência do treino e das técnicas do Tuchy- Foashy, que seria muito simples, fácil de comprovar mas seria uma faca de dois gumes para os questionadores, né?  

Então é mais seguro fazer postagens e tentar desmoralizar com mentiras, calunias com perfis, nomes falsos e desonestidades intelectuais passar para as pessoas que  desconhecem  o Tuchy-Foashy ou a historia das artes márcias no geral, que seus praticantes são alienados, ignorantes ao ponto de não saber diferenciar uma lenda, uma historia fantástica, diferenciar de algo real. 

 

Quem pratica, praticou ou conheceu pessoalmente o treinamento do Tuchy-Foashy, consegue entender essa diferença na pratica, na eficiência de sua forma que tentaremos passar um pouco para aqueles que ainda não viram com seus próprios olhos e tenham sua própria opinião sobre o tuchy Foashy!  




A diferença entre uma história impossível e uma  improvável:

impossível é quando não existe nenhuma  forma de provar que tenha existido.
Improvável é quando algo ou alguém não possui provas materiais exatas, mas de acordo com o resultados evidentes, de acordo com a Historia, relatos da época, pode ser improvável mas não impossível 





Segundo a lenda do Tuchy-Foashy começou aproximadamente há 2500 A.C, no norte da china. Quando ainda não existiam  dinastias e a região  ainda nem sequer era chamada de China. 

Em uma aldeia que era localizada na região norte, existiu um jovem chamado Tuang-Shu, que cansado das invasões dos bárbaros “manchus” alem dos povos nômades e invasores de outros países que faziam fronteira com essa região. 


Tuang-Shu saiu de sua aldeia à procura de uma solução para seu povo cansado dos constantes ataques desses povos que possuíam armas e um exército de centenas de homens. Andando pela floresta, percebeu que na natureza e nos animais teria ensinamentos que nenhum homem poderia lhe ensinar. Essa teoria se firmou quando ele observou um tigre atacando mais de vinte homens  estraçalhando a quase todos, só sobreviveram aqueles que conseguiram fugir. 

Depois de ter presenciado esse fato, Tuang-Shu  sonhou que estava lutando igual a um tigre, atacando os soldados manchus e derrotando todos como o tigre, ele acordou e decidiu treinar na floresta e imitar os animais. Com o passar do tempo, Tuang-shu  começa a desenvolver um estilo incrível e passou seus conhecimentos para sua família e o povo de sua aldeia, onde começaram a se rebelar  contra a tirania dos  bárbaros e saqueadores nômades que constantemente atacavam a região.

  Tuang-shu chamou o seu kung fu de TUCHY-FOASHY, (a tradução exata não sabemos, pois essa pronúncia  provavelmente era de uma língua que não existe mais como várias daquela  região), mas nos foi passado pelo Grão mestre que lhe foi passado pelo seu mestre que o significado é “técnica do corpo e da mente", e a pronuncia mais próxima em chines é mais próximo da língua chinesa atual é, 身心知識


 O Tuchy-Foashy  foi passado de geração para geração até chegar ao Brasil. Em 1975 um oriental chamado Koy Shey-Sheyg Shay comprou um sitio em Tinguá - N.I, onde ensinava  kung- fu de gratuitamente; sua única exigência era que seguissem as regras do treinamento e tivessem força vontade para enfrentar os treinamentos e aprender, pois seu objetivo era formar um Grão-mestre antes de partir. 

Segundo nosso grão mestre, entraram muitos alunos,  mas chegaram a mestre apenas dois. E apenas um chegou a Grão-mestre, que é nosso mestre Marcos Antônio. 


Esse foi o resumo de uma história milenar conhecida por poucos; História ou lenda às vezes a história de um é a lenda de outros.


Um retrato de como seria aparência de Tuang-Shu, desenhado pelo Artista Marcelo Barbosa a pedido do Grão-mestre Marcos Antônio Gomes da Silva. Essa foi uma ilustração, que segundo nosso grão mestre foi a descrição feita pelo seu mestreque por sua vez lhe foi passada por seu mestre e assim por diante.





terça-feira, 24 de abril de 2012


Quais são as influências das artes marcais chinesas na criação das artes marciais japonesas?



                                             O karate


Ilha Okinawa -  A origem do karate se deu quando o rei Sho Hashi, que se tornou rei designando o castelo de Shuri como centro administrativo.

Invadida pelo clã feudal de Satsuma (atual Kyushu) no séc. XVI, perdeu a independência e o porte de armas foi proibido entre seus cidadãos. Para evitar as revoltas, ele proibiu o uso das armas. Este fator fez com que o povo retornasse com ardor para o aprendizado das técnicas  de combate sem armas. A ilha pertencia à China sob a  dinastia ming (1368-1644).

 Devido à sua posição estratégica - entre a Indonésia, Polinésia, China, Coréia e Japão - se tornou um entreposto comercial. 
Relatos antigos apontam comerciantes e representantes Okinawanos nas cortes imperiais da China e do Japão. Historicamente, Okinawa recebeu mais influências culturais da China do que do Japão.

 O karatê é provavelmente uma mistura de uma arte de luta chinesa levada a Okinawa por mercadores e marinheiros da província de Fujian com uma arte própria de Okinawa. Os nativos de Okinawa chamam este estilo de ''te'' (mão).

Em Okinawa a arte nativa  

Os estilos de karatê ou kenpo de Okinawa mais antigos são o ''Shuri-te'', ''Naha-te'' e ''Tomari-te'', assim chamados de acordo com os nomes das três cidades em que eles foram criados.  Nesse tempo os treinos eram secretos e os alunos escolhidos treinavam firmemente. Como as armas eram proibidas, fizeram das mãos e pés armas capazes de substituí-las aprimorando o uso dos joelhos e cotovelos  e a técnica e a velocidade dos estilos chineses. 


Em 1820 Sokon Matsumura fundiu os três estilos e deu o nome de ''shaolin'' (em chinês) ou ''shorin'' (em japonês), que são as diferentes pronúncias dos ideogramas (pequeno e floresta). Entretanto, os próprios estudantes de Matsumura criaram novos estilos adicionando ou subtraindo técnicas ao estilo original. 

Gichin Funakoshi, um estudante de um dos discípulos de Matsumura, chamado Anko Itosu, foi a pessoa que introduziu e popularizou o karatê nas ilhas principais do arquipélago japonês. Originalmente a palavra ''karatê'' era escrita com os ideogramas (Tang e mão) se referindo à dinastia chinesa Tang ou, por extensão, a mão chinesa, refletindo a influência chinesa nesse estilo de luta. Pelos conflitos sino-japonês, os japoneses dão uma origem  pessoal em sua arte, mudando a origem chinesa das formas; para  fugir da origem chinesa, tiraram  o ideograma chinês “dote” para o ideograma “te”, passando de mãos chinesas para mãos vazias.

 Após o ano de 1900 D.C  o Okinawa-te foi reconhecido como meio eficiente de preparo físico e educação sendo então ensinado nas escolas de todo Japão. Os primeiros  mestres de que se tem conhecimento foram Sokon Matsumura e Kanruo Figaona, advindo posteriormenteAnkoh Itosu e  Gichin Funakoshi,  Mabuni, Kyan, motobu,Yahico Ogusuko Chogún e Miyagui. Saindo desses mestres estilos como: Shotokan, shito-ryu, goju-ryu,wado-ryu  e outros estilos originários de Okinawa.

                                 Gichin Funakoshi,
                               (criador do karate shotokan)  




                  Kempo ou Kenpo


   Kenpo (em japonês: 拳法; literalmente. lei do punho) é um termo japonês para artes marciais.

 É a tradução para o termo chinês Quan fa, que significa "caminho do punho" ou "lei do principio do punho"

.É o nome de várias artes marciais japonesas . A palavra Kenpo é um japonês tradução do chinês palavra " Quan fǎ ".

Este termo também é por vezes transliterado como " kempo ", como um resultado da aplicação tradicional Hepburn romanização , mas não a utilização de um mácron para indicar a vogal longa .
A natureza genérica do termo combinado com a sua adoção generalizada, cross-cultural na comunidade das artes marciais levou a muitas definições divergentes.


Quan fa é um termo para estilos de punho aberto chineses. "Shorinji" é a forma japonesa para Shaolin, portanto shorinji kenpo pode ser traduzido por "punhos do templo de Shaolin". Seu criador era japonês, mas aprendeu Wushu na China e o adaptou para o ensino aos japoneses.


Mas Kenpo pode ser o designio de uma arte marcial surgida na China. Kenpo significa "Lei da Palma" ou "Palma de Deus". É uma arte marcial de grande força e destrutividade por usar golpes sempre dignos de muita concentração e força.


Quando o Wushu " kung fu" se espalhou pela China foi dividido em 2 estilos principais, o do Norte e o do Sul. O estilo do Norte era caracterizado por técnicas fortes e retas, enquanto que o do Sul se distinguia pelas técnicas mais circulares e suaves.
As técnicas do Wushu eram valiosamente preservadas em segredo pelas famílias ao longo das gerações.

Durante o XIV século o Kempo é introduzido em Okinawa, ilha situada no Sul do arquipélago do Japão, ganhando cada vez mais popularidade.


O Naha-Te influenciado pelas técnicas mais suaves do Kempo, incluindo o controlo da respiração e Chi  "Ki". Era caracterizado por uma atitude mais defensiva com pegas, projecções e técnicas de chaves. E por fim o Tomari-Te influenciado igualmente pelas técnicas duras e suaves do Kempo.


Naha, Shuri e Tomari eram na época as 3 principais cidades de Okinawa. No final do século XIX o Shuri-Te e Tomari-Te foram fundidos sob o nome de Shorin-Ryu, que ao longo do tempo evoluiu para estilos ligeiramente diferentes. O Naha-Te manteve-se basicamente unificado, vindo mais tarde a ser conhecido como Goju-Ryu.


Começou sua difusão no início do Século XVII, quando duas famílias japonesas (Kumamoto e Nagasaki) trouxeram uma versão do kenpo chinês chamado Chuan Fa, para Kyushu no Japão, que foi mantido somente entre suas famílias e gradualmente modificado durante 200 anos até se tornar o “Kosho Ryu Kempo” ou “Old Pine Tree School”.





                    O Ju-Jitsu ou jiu-jitsu


 O Ju Jutsu é escrito com dois ideogramas, JU () e JUTSU (), cuja pronúncia para o primeiro é entre “ju” e “dju”, o segundo entre “djutsu” e “djitsu”. Quando transcrito em letras romanas, o japonês usa a grafia “Ju Jutsu”. No ocidente existem diferenças na escrita e na fala, conforme a grafia e pronúncia de cada idioma. O mais correto é pronunciar e escrever o JU e JUTSU, pois o JU é o mesmo ideograma usado para escrever JUDÔ, portanto, seria incorreta a escrita e a pronúncia JIU DO.  O ideograma de origem CHINESA  “JU” tem vários significados e interpretações, podendo ser; flexível, suave, maleável ou brando. Sua pronúncia varia conforme a combinação com outro ideograma que o completa e de como é usado em uma frase.

Os ideogramas (chamados kandji) são caracteres que contem em si uma idéia e geralmente podem ser lidos de duas maneiras; a Chinesa (on) e a Japonesa (kun).
O ideograma JU ou NYU na leitura Chinesa, pode também ser lido como “YAWA” na leitura Japonesa e é o mesmo ideograma para escrever JU DÔ e JU JITSU. Yawarakai quer dizer, flexível, suave, maleável, e Yawara Jutsu foi um dos antigos e o último nome da luta, antes de se tornar Ju Jutsu. “JU”.

O significado e a história -“JU”. O significado e a história:
 
 


O “JU” usado em Ju Jutsu aparece no manuscrito Chinês sobre estratégia militar chamado “San Riaku” do período Chou (1122-255 A.C.) e, mais tarde apareceu em trabalhos do destacado estrategista Hwang Kung do período de Han (221-206 A.C.) e depois, passou a ser usado também por Chiang Liang, outro estrategista militar. O significado de “JU” no manuscrito “San Riaku” é baseado no pensamento de Lao Tse (KODOKAN, 1961).

O conceito de Lao-Tse no “I Ching” (o livro das mutações) através do princípio de positivo e negativo da filosofia Chinesa teve uma considerável influência no lutador de Ju Jutsu japonês do período Tokugawa (1600 – 1868). Isto é evidente em documentos de várias escolas.

A escola “Sekiguti”, fundada por Jushin Sekiguti no século XVII, que aperfeiçoou as técnicas de cair sem machucar-se, caracterizou o JU como a combinação da suavidade com a força.
A escola “Shibukawa” manteve o JU significando maleável ou submisso.
A escola “Jikishim” que era voltada mais aos aspectos morais, ensinava que através da prática do combate, o ser humano era levado a um completo domínio do corpo e que “JU” era suavidade com força e força com suavidade, denotando que não é um mero feito de força física, mas sim, uma manifestação de racionalidade.                  
A escola de “Kito” foi fundamentada nos princípios do positivo e negativo da filosofia Chinesa. Isto era refletido em seu nome japonês “KI” (subir) que era a forma positiva, enquanto “TO” (cair) era a forma negativa.

A tradução comum de “JU” como suave é usualmente mal interpretada. As técnicas do Ju Jutsu parecem não ser de todo gentil quando demonstradas com eficiência e velocidade, mas a essência do JU é adaptar-se com flexibilidade e inteligência às manobras estratégicas do adversário. A aplicação correta da força apenas necessária, funcional e específica para o momento, a utilização do desequilíbrio e o uso eficiente e eficaz das alavancas e leis da mecânica, farão com que o praticante através do treinamento, tenha um completo domínio da técnica e de si mesmo. Isto é a essência do “JU”.



-“JUTSU”. O significado e a história: 


O ideograma JUTSU tem origem no “Buguei” ou “Bu Jutsu” (artes guerreiras), e significa; técnica, habilidade, astúcia. O termo Bu Jutsu era utilizado para denotar as técnicas, artes e métodos de combate desenvolvidos e praticados principalmente pelos membros da classe militar, os Bushi, conhecidos como Samurai. Portanto o termo Bu Jutsu identificou até certa época as artes guerreiras do Japão.

Ju Jutsu é traduzido como “técnica/arte suave” ou “técnica/arte flexível”. Jutsu era então, uma palavra comum e foi muito usada na época do Japão Feudal, pois completava os nomes de todas as atividades e artes guerreiras. Todas as formas de Jutsu, isto é, aqueles sistemas de combate cujos nomes incluem o sufixo Jutsu, foram desenvolvidos através do “Bu Jutsu”.


O “Bu Jutsu” foi criado e conservado pelos grupos de organização familiar tradicional e mais tarde, pelas organizações sem linhagem de sangue chamada “Ryuha” (escola, estilo) que foram se ramificando.

Mais de 7 mil “Ryuha” foram catalogados, indicando que existia uma infinidade de métodos de combate no Japão, provavelmente maior do que em qualquer outra nação. Foram desenvolvidas técnicas próprias para utilização de armas como: espadas, lanças, bastões, etc, mas somente o Ju Jutsu não utilizava armas e sim o princípio de que “a flexibilidade pode vencer a força”, que veio a ser o denominador comum de todas as escolas ou estilos de Ju Jutsu.

   Os CHINESES representavam a forma negativa por “IN” significando sombra e a positiva por “YO” significando luz. Então, o princípio da escola de “Kito” era que a sombra podia ser conquistada pela luz e a luz podia ser conquistada pela sombra.
O fundador deste estilo, Likubo Tsunetoshi é considerado um dos primeiros mestres no ensino do Ju Jutsu na era Tokugawa. As técnicas de projeção originárias de formas mais antigas, como o Sumô, eram sua especialidade.

A escola “Tenjin Shinyo” fundada no início do século XIX por Fukuda Hachinosuke era especializada em técnicas com finalizações no solo, através de estrangulamentos, imobilizações e de ataques a pontos vitais.

Essa escola entendia o JU como submisso, o que salientava a necessidade do corpo obedecer a mente e assim, as escolas de Ju Jutsu incorporaram o “JU” na sua arte, porque desejavam acentuar que toda técnica era baseada no princípio do fraco poder dominar o forte. Ratti e Westbrook (1994) destacam a especial importância que tiveram as idéias de Massatomo Isso, um dos seguidores dessa escola. Em relação ao princípio do “Ju” ele diz que os músculos demasiados desenvolvidos e a excessiva dependência da força muscular trazem consigo características de rigidez e lentidão.

Ele então prefere destacar a flexibilidade, como a de uma criança, que lhe parece a característica mais visível de vida e de ação.  Morohashi,T. (1955) (citado por KODOKAN, 1961) refere-se ao ideograma JU como “uma jovem árvore que através de sua flexibilidade não teme que seus galhos se quebrem”.

-ORIGEM E EVOLUÇÃO  DO JU JUTSU (JIU JITSU ).



A criação dessas técnicas utilizadas no ju-jitsu propriamente dita, tem explicação em contos, cujas descrições possuem algumas verdades históricas.  Inúmeros sistemas de luta “corpo a corpo” foram desenvolvidos no Japão.

O mais antigo relato nas crônicas antigas do Japão (Nihon Shoki) escrito no ano 720 A.D mencionando a existência de um estilo de luta denominado, Chikara Kurabe (comparação de força), como um tipo de luta com agarres cujo objetivo era derrubar o adversário. Descreve também, no reinado do imperador Suinin, um combate entre dois lutadores ocorrido em 230 A.C.

Nomi no Sukune, famoso praticante do combate sem armas, derrotou Taema no Kehaya, a quem se atribui a criação das primeiras regras do Sumô, introduzido nos festivais e cerimônias da corte imperial entre 710 – 793 A.D. Naquele tempo as regras de combate eram reduzidas e as lutas poderiam desenvolver-se até a morte de um dos competidores.

Outros documentos datados por volta do ano 1000 A.D. descrevem a mecânica e o espírito combativo de lutas similares no Japão. (KODOKAN, 1961)

 
Na ascensão da casta dos Samurais ao poder no Japão estabelecido em 1185 um longo período de guerras se sucedeu e vários sistemas de luta “corpo a corpo” foram desenvolvidos nessa época. Posturas, movimentos, táticas e técnicas primitivas do Chikara kurabe e do Sumô foram aperfeiçoadas, praticadas e totalmente utilizadas para aumentar a eficiência em combate com e sem armas.

Neste período de guerras entre feudos foi quando as artes guerreiras mais se desenvolveram. Uma das formas de luta praticada entre os guerreiros que mais tarde influenciaram os arremessos no Jiu Jitsu e no Judô, e depois, nos primeiros Kata do Kodokan, foi uma arte de luta denominada “Yoroi Kumi Uti”, um método de agarramento entre guerreiros com armadura. (OTAKI, DRAEGER, 1983).

 Historiadores Japoneses consideram o estilo “Takenouti Ryu” criado por Takenouti Hisamori, como sendo o principal núcleo do Ju Jutsu no Japão. Embora tenha praticado as técnicas de combate com as mãos vazias foi só estabelecer seu estilo (Ryu) por volta de 1530 A.D.

 Takenouti, estimulado também pelas técnicas do Sumô, chamadas na época de “Kumi Utchi” do estilo “Seigo”, adaptou-as com as técnicas de domínio aprendidas com um “Yamabushi” (eremita) e criou um método de combate que veio a ser conhecido como “Kogusoku”. Esse método e outros foram mais tarde classificados sob o nome de Ju Jutsu, que era aplicado para numerosos sistemas de combate armado ou desarmado podendo ser usado contra inimigos armados ou desarmados, tanto na luta em pé como no solo.

Dos muitos sistemas de Ju Jutsu oficialmente documentados e que tiveram seu desenvolvimento no Japão, surgiu um método de ataque a pontos vitais de origem chinesa chamado “Tien-hsueh”, totalmente desconhecido fora da China, tornou-se conhecido no Japão como “Atemi”. Segundo, Mifune (1956), o CHINÊS, Cheng Tsu U, chegou ao Japão em 1659, se instalando em Edo, atual Tokyo e residiu temporariamente no templo Kosuseiji, onde dava palestras e ensinava técnicas de luta denominadas “Ju”. Os Samurais Fukuno Hichirouemon, Isomi Irozaemon e Miura Yojiuemon que também residian no local, foram os que mais se interessaram pelas técnicas e mais tarde seguiram ensinando e criando novos estilos.

Três lendas falam dessas prováveis origens, entre os séculos XIV e XVI:


-A primeira conta que um médico e filósofo japonês, Shirobei-Akyama, estava convencido que a origem dos males humanos seria resultado da má utilização docorpo e do espírito.  Deste modo partiu para estudos de técnicas terapêuticas chinesas, estudou o princípio do taoísmo, acupuntura e algumas técnicas de artes marciais chinesas, que usava as projeções, as luxações e os golpes. Quando Shirobei retornou ao Japão passou a ensinar seus discípulos o que havia assimilado do princípio positivo da filosofia taoísta, tanto na medicina como na luta, ou seja, ao mal ele opunha o mal, a força , a força. No entanto este princípio só se aplicava a  doenças menos complexas como em situações fáceis de lutas, ao enfrentar um oponente mais forte não dava resultados. Assim, seus discípulos o abandonaram e ele perplexo retirou-se para um apequeno templo e por cem dias meditou. Durante este espaço, tudo foi colocado em questão, a filosofia chinesa ying e yang, a acupuntura e por fim todos os métodos de combate, na medida que “opor uma ação a outra ação não é vantajoso a não ser que a minha força seja superior à força adversa”. Certo dia quando passeava no jardim doa templo enquanto nevava, escutava os estalidos dos galhos das cerejeiras que se quebravam sob ao peso da neve. Por outro lado, observou um salgueiro que com o peso da neve curvava os seus ramos até que a neve era depositada no solo e depois retornava a sua posição inicial. Desta observação Shirobei concluiu que ao positivo devia opor-se o seu complemento o negativo, a força devia reagir com flexibilidade.

Com esta observação e reflexão o médico aperfeiçoou o ataque e defesa na luta corpo a corpo e criou centenas de golpe e o seu método foi chamado de YOSHIN-RYU ou Escola do jovem coração espírito do salgueiro. Suas origens remontam ao século XVI.


-A segunda lenda, conta de que em 1650 um bonzo chinês chamado Chen Yung Ping, instalou-se no templo Kokushoji, na região do Edo (Tóquio), e propunhase a ensinar os japoneses, cultos, caligrafia e filosofia chinesa. Naquela época Edo era visitada pelos samurais, os quais eram excelentes guerreiros e entre eles, uma classe mais inferior de samurais chamada de kachis é que mantinha a ordem na cidade, normalmente entregando-se a numerosos combates corpo a corpo. Uma noite quando Chen Yunag voltava após ter ministrado lições para um alto funcionário do Shogun, via-se obrigado a aceitar a escolta de três kachis.  No entanto quando o pequeno grupo atravessa as muralhas da cidade foram atacados por bandidos armados, os kachis rodearam o monge e após uma grande batalha foram desarmados e era necessário lançar-se em um combate corpo a corpo. Foi então que Chen, rápido como um relâmpago atirou-se aos agressores e com habilidade incrível derrubou um bandido, depois o outro e mais outro e estes, surpreendidos correram aterrorizados. Os três samurais cheios de admiração apelo monge reconduziram-lhe ao templo e pediram para que ele confiasse o segredo da sua força. Mas Chen permaneceu em silêncio, chegando ao destino saldou os seus  guardiões e retirou-se.  Os três permaneceram na porta do templo e ali adormeceram e no dia seguinte voltaram a pedir ao monge. O sábio sorriu e disse que a sua arte não era para espíritos simples, mas para aqueles com alma forte. No entanto os kachis insistiam e vendo o entusiasmo destes, Chen decidiu aceitá-los como discípulos.
Por um grande período, no maior segredo, individualmente ele ensinou os kachis, sendo que cada um estudou um método diferente, um especializou-se nas  projeções, o outro nas luxações e estrangulamento e o terceiro em golpes aplicados em pontos vitais
Posteriormente os três saíram divulgando suas técnicas pelo Japão afora.

Outra história versa sobre Takenuchi Hisamori. Na ânsia de se aperfeiçoar retirou-se para um templo perdido nas montanhas, onde se dedicou a estudar a arte. De pé frente a uma arvore concentrava-se e deslocava-se com ligeireza até perto da árvore e a atacava-a com força e rapidez. Ficava horas fazendo uchi-komi, era um exercício físico e mental. Uma tarde, completamente exausto, deixou-se cair e adormeceu, e apareceu um misterioso monge que explicou para Takenuchi que ele deveria reduzir o tamanho do varapau para ganhar rapidez e precisão; mostrou-lhe como se deslocar mais facilmente, aproveitando os erros do adversário e empregando ou um varapau curto ou uma espada pequena e por fim, ensinou-lhe cinco formas de imobilizar o adversário.

Na verdade o cérebro de Takenuchi acabara de sintetizar todos os reflexos acumulados pela experiência e acabou de aplicar o seu saber criando o gokusokuarte de combater sem armaduras. Este achado permitiu desenvolver outras artes marciais, tais como o aiki-jitsu, o tam-bô e outras, e foi de grande influência para o ju-jitsu. 

Esses métodos eram geralmente " mas não  totalmente" restritos à classe guerreira (bushi) e como parte dos sistemas “Ch’uan-fa” (método de batidas com o punho) da China integrou-se com os vários estilos do Bu Jutsu.

Com o passar do tempo, vários métodos de combate como: Wa Jutsu,, Tai Jutsu, Koshi no Mawari, Kogusoku, Kempo, Yoroi Kumiuti e Yawara entraram em contato entre si, sofreram influências, e por volta do ano 1700 A.D. da era Tokugawa no Japão, vieram a formar e denominar Ju Jutsu, o método derivado diretamente do Yawara ou Yawa Jutsu. Yawa é um dos modos de se ler Ju, cujo ideograma é o mesmo usado para escrever Judô e Ju Jutsu .

O maior desenvolvimento do JIU JITSU se estendeu do século XVII ao XIX como um método de luta eficiente e sem limites. Portanto pelos fatos históricos a origem do JU JUTSU (JIU JITSU) vem de várias formas de lutas orientais/ocidentais primitivas e sistematizadas com características de ataque e defesa.
Desenvolvido a partir do Bu Jutsu, foi praticado pelos guerreiros japoneses, os samurais, seus mais diretos e perfeitos cultores e como, exímios lutadores, vieram a ser os que mais contribuíram na formação do JU JUTSU como técnica de luta completa.  Regras e normas apareceram mais tarde como uma forma de evitar que os praticantes viessem a sofrer ferimentos graves. Em seguida, veio servir como base de dois métodos de luta japoneses, o Judô e o Aikido, cujos criadores, respectivamente, Prof. Jigoro Kano e Prof. Morihei Ueshiba, ex - praticantes de diferentes estilos de Ju Jutsu e Aiki Jutsu, criaram um método de educação física com objetivos educacionais em busca do aperfeiçoamento humano, evoluindo do Bu Jutsu (artes guerreiras) para o Budo (artes guerreiras com princípios educativos) (COURTINE, 1977).


-JIGORO KANO E A CRIAÇÃO DO JUDÔ


 Nasceu em 28 de outubro de 1860 (muitas controvérsias em função desta data) em Mikage, no distrito de Hyogo – Japão, era o terceiro filho de Jirosaku Maresiba Kano, intendente naval do Shugunat Tokugawa.  De saúde delicada, o jovem Jigoro Kano media apenas 1,50 metro, pesando apenas uns escassos 48 quilos, porém, compensava seu pequeno porte físico com tenacidade impar, coragem invulgar e, sobretudo, vontade férrea e inteligência brilhante. 

Aos 16 anos, decidiu fortificar seu corpo, praticando a ginástica, o remo e o basebol. Mas estes desportos eram demasiado violentos para a sua débilconstituição. 
Além disso, nas brigas entre estudantes, Kano era sistematicamente vencido.  Ferido na sua qualidade de filho de um samurai decidiu estudar o ju-jitsu.  O seu primeiro professor foi Hachinosuke Fukuda, da Escola Tenjin-Shinyo-Ryu 天神真杨流 (1877). Sob a direção deste mestre, Kano iniciou-se nos mistérios do ju-jitsu da Escola "escola salgueiro da divina verdade"

Em 1879, com a idade de 82 anos, Fukuda morre e Kano herdou os seus arquivos. Tornou-se seguidamente aluno do Mestre Iso, um sexagenário que possuía segredos de uma escola derivando igualmente de TenjinShingo. Jigoro Kano treina-se, enquanto prossegue seus estudos e torna-se em breve vice-presidente da escola. Infelizmente, Iso morreu muito cedo e o nosso jovem encontra-se novamente sem mestre.  Devorou todos os livros e documentos, mais um bom professor era-lhe indispensável. Foi então que encontrou mestre  Iikugo, que lhe ensinou a técnica da escola Kito na qual aprendeu o combate com armadura. Pouco a pouco Jigoro Kano foi analisando e sintetizando os conteúdos absorvidos nas diversas escolas, criando um sistema próprio de disciplina, continuando, no entanto, a treinar-se com mestre Iikugo até 1885

 Em fevereiro de 1882, com a idade de 22 anos, instalou-se no pequeno templo budista de Eishosi, da seita Jôdo      (Terra Pura). A seita jôdo faz parte do movimento ou veículo Mahayana  (caminho para Muitos)  dentro do Budismo, (No Mahayana, o Buda é visto como o ser definitivo, mais elevado, presente em todos os tempos, em todos os seres, e em todos os lugares, e são particularmente devocionais para os padrões budistas).
Talvez por isso mesmo são também das mais numerosas em adeptos.  É neste templo, berço do Judô, que Jigoro Kano instala o seu primeiro dojô. 
Vivendo nas dependências do templo com alguns alunos e uma velha criada, dedicou-se pacientemente a elaborar um novo método, um sistema de educação física e formação de caráter, baseado no ju-jitsu. Mas, por outro lado, o ju-jitsu possuía, a par de muitas qualidades, enormes defeitos.

Era preciso podá-los e organizar, simultaneamente, um método de treino similar ao de certos desportos ocidentais.

Kano fez a síntese das melhores técnicas, escolheu os golpes mais eficazes e os mais racionais; eliminou as práticas perigosas e incompatíveis com o fim elevado que visava. Aperfeiçoou a maneira de cair e inventou o principio das quedas de amortecimento. Criou uma vestimenta especial de treino (judogui), pois o antigo traje do ju-jitsukas provocava freqüentemente ferimentos. Dedicou-se particularmente aos métodos de projeção, aperfeiçoando vários de sua autoria.

O ju-jitsu era uma prática guerreira baseada nos pricipios da flexibilidade pode vencer a força. Kano pensou que a sua nova arte devia ter outro nome, pois o fim visado era completamente diferente.  O seu anseio era descobrir uma autêntica forma de viver, baseada na racional utilização da energia humana e, chamou esta nova ciência de JUDÔ.
 

 As primeiras referências que encontramos quanto à introdução do Judô /Jiu Jitsu no Brasil, data de 18 /12 /1915, quando aqui chegou um grupo de lutadores chefiados por Mitsuo Maeda conhecido como Conde Koma. Desse grupo faziam parte ainda: Soishiro Satake, Okura, Shimitsu, e Raku todos lutadores que desde 1906 tinham partido do Japão com o objetivo de demonstrar e propagar o Judô / Jiu Jitsu pelo mundo. 

Maeda era formado pela Universidade Waseda de Tokyo, uma das precursoras do Judô entre as Universidades no Japão, assim como, Kawaishi que organizou o Judô/Jiu Jitsu na França.

Eram todos exímios lutadores tanto na luta em pé como no solo, pois nos antigos estilos de Jiu Jitsu eram desenvolvidas técnicas completas de ataque e defesa, ataques traumáticos a pontos vitais (atemi waza), arremessos (nague waza), estrangulamentos e chaves de braços, joelhos e pés. 
Nessa época confundiam-se ainda os nomes dessa modalidade de luta. 

 Apesar da formulação técnica do Judô já ter sido realizada em 1887 e completada pedagogicamente em 1890, sua difusão internacional caminhava a passos lentos.
 No Brasil o vocábulo Ju Jutsu (Jiu Jitsu) continuava sendo utilizado, ao invés do termo Judô, até os anos 40, e muitas vezes o Judô era chamado de “moderno Jiu Jitsu” conforme o nome de uma revista publicada na época, “Revista de Judô” e embaixo entre parêntesis (moderno Jiu Jitsu).


A ocupação Americana no Japão depois da segunda Guerra, Artes Marciais são PROIBIDAS, Kodokan e demais são fechadas, só mais tarde, com muito choro e protesto dos japoneses, é que foi liberado o ensino novamente, mas com UMA CONDIÇÃO, só será ENSINADO ARTES MARCIAS NO JAPÃO NA FORMA DE DESPORTO.
 


Esse é o primeiro prego do caixão do Judô como luta marcial...Federação Internacional de Judô, monopoliza a arte e cria regras absurdas como a restrição da luta de solo, em 1962 são criadas uma série de regras que acabaram com o Judô como luta, daí pra frente só absurdo, a última foi o banimento das catadas de pernas, alegando não fazer parte do Judô tradicional, esqueceram que no Nage no Kata existe catada de perna, emfim, um absurdo...daqui a pouco vão retirar as técnicas de chave de braço e estrangulamentos...Sendo assim Jigoro Kano, em 1882 ele criou a sua escola chamada Kodokan  (Instituto do Caminho da Fraternidade), 講道館
"Ko" significa fraternidade, irmandade; 
"Do" significa caminho, via; 
"Kan" instituto, onde começou a difundir a sua arte chamada Judô. Jigoro Kano disciplinou e definiu os objetivos da nova luta esportiva.

Referências:

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DRAEGER, D. F. Asian Fighting Arts. Kodansha International Ltda. Tokyo, 1969.

DRAEGER, D. F. Classical Bu Jutsu. Weatherhill, New York, 1973.

Frédéric, L. Le Japon: dictionnaire et civilization. Editions Robert Laffont s/a. Paris, 1996.

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Kodokan Judo by the Kodokan. Nunoi Shobo Co. Ltd. Osaka, Japan, 1961.

Mifune, K. Canon of Judo - Principle and technique. Seibundo - Shinkosha Publishing Co. Ltd. Tokyo, 1961.

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REIDH, H. & Croucher, M. The way of warrior: The paradox of the marcial arts, Century Publishing Co. Ltd. 1983.

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                             A katana

Katana  em japonês significa simplesmente “espada”. Acredita-se que sua origem tenha sido a espada  chinesa. Construída de forma artesanal, a Katana sofreu diversas alterações ao longo da história do Japão, por isso seu nome varia de acordo com o período ao qual pertence: Jokoto, Koto (espada antiga), Shinto (espada nova) e Gendaito (espada moderna). Esta última é na verdade uma imitação da espada tradicional, usada hoje para cerimoniais, pois, apesar de ter a aparência de uma espada tradicional, não é fabricada artesanalmente. A Katana hoje é um símbolo da cultura japonesa, um verdadeiro tesouro vivo, o que explica as leis que a protegem naquele país. Não é mais uma arma, mas um valioso objeto de arte que atrai pessoas do mundo inteiro e continuará a exercer o seu fascínio por muito tempo.
 No século 14 um ferreiro chamado Masamune desenvolveu uma técnica de fabricação de estruturas duras e flexíveis de aço para ser usada em espadas. Surgia a poderosa Katana, a espada Samurai, considerada até hoje uma das mais perfeitas espadas do mundo. O Samurai utilizava diversas armas, mas a Katana era a arma que era sinônimo de samurai. O Bushido ensinava que a Katana era a alma do Samurai. Eles acreditavam que a Katana era tão valiosa que muitas vezes lhe davam um nome e a consideravam como parte de suas vidas.
   A criação da espada chinesa que deu origem a katana tem registro desde a Dinastia  Chin (221-206 a.C.), ela foi a fusão da espada reta (precisa para atacar pontos vitais como jugular, polegar e olho; era rápida mas quebrava facilmente na batalha) com o Dao, que é um facão (era largo e pesado; resistente no campo de batalha mas não cortava com muita precisão). Essa espada foi a junção de força e agilidade, ela consegue furar, cortar, bloquear e atacar transformando o guerreiro e a espada em um só.


    Espadas chinesas  


                                                                       Espadas chinesas e coreanas